O câncer de Pulmão é uma das neoplasias mais incidentes e mais temidas no mundo. Ele costuma atingir mais homens em relação às mulheres, principalmente devido à exposição maior do sexo masculino ao tabagismo e a algumas profissões que geram maior inalação de produtos tóxicos. Essa neoplasia costuma ter um prognóstico reservado, devido à alta agressividade de alguns subtipos e difícil acesso cirúrgico e radioterápico para o tratamento. Continue lendo para saber mais sobre esse Câncer!
1. Causas de Câncer de pulmão
Dentro da oncologia, entendemos que o câncer possui sempre dois fatores importantes a serem considerados: o interno, que implica nas alterações genéticas do próprio indivíduo; e o externo, relacionado aos hábitos e substâncias ao qual ele está exposto.
Algumas das causas externas mais importantes são:
- Tabagismo: 90% das pessoas com Câncer de Pulmão é tabagista.
- Poluição;
- Produtos tóxicos: asbestos, radônio – substâncias presentes em minas;
1.1 Tabagismo passivo
O tabagismo passivo compreende a inalação indireta do cigarro ou de outros produtos tóxicos. Mesmo que a pessoa não esteja fumando diretamente, ela está exposta a maior risco de desenvolver doenças pulmonares e o câncer.
1.1 Quem tem mais Câncer de Pulmão?
Os homens possuem mais câncer de pulmão em relação às mulheres. Isso pode ser explicado pela maior frequência do sexo masculino em trabalhos em minas e também ao hábito do tabagismo.
2. Câncer de Pulmão: sintomas
O câncer de pulmão, assim como qualquer outro câncer, causa dano por meio de sua expansão, produzindo repercussões mecânicas e metabólicas. Dessa maneira, ele leva a danos diretos por compressão das estruturas adjacentes e também indireta quando espolia os importantes recursos que deveriam ser destinados às células saudáveis.
Quando falamos especificamente do câncer de pulmão, os sintomas mais comuns são:
- Tosse crônica;
- Dispneia – dificuldade para respirar;
- Dor torácica;
- Chiado no peito;
- Hemoptise – tossir sangue;
- Perda de peso;
- Indisposição e cansaço;
É importante entender que esses sintomas não são tão específicos. Tabagistas de longa data, por exemplo, podem manifestar diversos desses sinais e sintomas, além de interpretar os dados como normais, não procurando atendimento médico imediato. Esse é um dos motivos para o pior prognóstico da doença.
4. Subtipos Celulares do Câncer de Pulmão
O Câncer de pulmão possui alguns subtipos celulares que são agrupados em:
Carcinoma de não pequenas células (CNPC):
- Adenocarcinomas: constituem 40% de todos os tumores de pulmão, possui relação direta com o tabagismo;
- Carcinoma de células escamosas/Carcinoma epidermoide: 30% dos tumores de pulmão, costuma surgir em regiões mais centrais e próximos da via aérea, gerando mais sintomas respiratórios.
- Carcinoma de Grandes células: constitui aproximadamente 9% dos tumores, associado fortemente ao tabagismo e também com altas chances de gerar metástases.
Carcinoma de pequenas células: é um tumor agressivo do pulmão. Esse subtipo costuma se disseminar para outros órgãos e a cirurgia fica restrita a um pequeno grupo cujo rastreamento é precoce.
3. Diagnóstico do câncer de pulmão
O primeiro passo para o diagnóstico de câncer de pulmão é levar em conta todos os fatores de risco que já citamos, principalmente o tabagismo ativo e passivo. Logo em seguida os sintomas são colhidos para identificar o grau de acometimento tumoral. O exame físico vem logo em seguida para observar alguns sinais e também identificar linfonodos aumentados. Os linfonodos são como postos fiscais para o nosso sistema imunológico, caso estejam aumentados é possível determinar o local em que o processo infeccioso ou neoplásico está acontecendo.
Quando existe um alto grau de suspeita, segue-se para o exame de imagem, que pode ser iniciado com a ultrassonografia abdominal, o raio-X simples que permite observar alterações grosseiras da cavidade torácica e abdominal, Tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT), que auxilia na identificação de regiões de alto metabolismo suspeitas de tumor e também o exame de Ressonância magnética e Tomografia computadorizada que podem identificar alterações mais sutis da anatomia.
O diagnóstico definitivo é realizado por meio da biópsia, quando ela é possível. Dessa maneira o tecido pode ser analisado em laboratório e dados como o tipo de célula, seu grau de diferenciação e receptores podem ser averiguados.
5. Câncer de pulmão tem cura?
O tratamento para os cânceres em geral e também para o câncer de pulmão leva em conta alguns fatores, tais como:
- Idade do indivíduo;
- Comorbidades;
- Grau de invasão do tumor;
- Tipo histológico do câncer;
- Expectativa de vida com e sem o tratamento;
- Risco/Benefício de cada intervenção;
- Chance de sucesso/falha do tratamento;
- Aspectos psicológicos do paciente;
- Condições socioeconômicas do indivíduo;
As modalidades de tratamento incluem:
- Cirúrgico: para a retirada do tumor;
- Clínico: quimioterapia, imunoterapia, radioterapia;
- Paliativa: visa o controle dos sintomas e a qualidade de vida do paciente.
5.1 Hábitos para prevenir o câncer de pulmão
Além da cessação do tabagismo e utilização correto dos EPI’s (equipamentos de proteção individual) nos trabalhos de risco, sabemos que existe um benefício comprovado da realização de atividades físicas e alimentação saudável para reduzir a incidência do câncer e a melhora do prognóstico do tratamento.
6. O que fazer quando suspeito de Câncer de Pulmão?
Mantenha a calma. Uma suspeita não é uma confirmação, então antes de mais nada procure um médico oncologista para tirar todas as suas dúvidas. Caso essa suspeita se confirme em um diagnóstico de câncer de pulmão, todas as opções de manejo devem ser esclarecidos. Para esses momentos um suporte familiar e profissional com psicólogos, fisioterapeutas e os próprios médicos é essencial.